Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas adoptou esta manhã, por larga maioria, as conclusões do relatório Goldstone, que acusa tanto Israel como o movimento palestiniano Hamas de terem cometido crimes de guerra durante a última ofensiva em Gaza.
Vinte e cinco dos 47 países representados no organismo votaram a favor da resolução apresentada pelos palestinianos e que, entre outros pressupostos, critica Israel por não ter colaborado com a missão liderada pelo juiz sul-africano Richard Goldstone. Seis países (incluindo EUA, Itália e Holanda) votaram contra o documento e onze abstiveram-se.
O relatório, divulgado no mês passado, recomenda que o Conselho de Segurança das Nações Unidas entregue o caso ao Tribunal Penal Internacional se, no prazo de seis meses, Israel ou a Autoridade Palestiniana não conduzirem investigações apropriadas às atrocidades que lhes são imputadas.
O magistrado detectou inúmeras violações dos direitos humanos cometidas pelas duas partes durante as três semanas da ofensiva, lançada por Israel para pôr fim ao disparo de “rockets” contra o seu território, e que causou a morte de mais de 1400 palestinianos, na sua maioria civis.
Israel repudiou as conclusões do magistrado e avisou que a continuação deste processo na ONU poderá enterrar as esperanças de um reinício das negociações de paz promovidas pela Casa Branca.
A Autoridade Palestiniana já se congratulou com a decisão, dizendo esperar que “o relatório seja agora levado ao Conselho de Segurança”. Também o Hamas – que ignorando as acusações que lhe são feitas se refere ao relatório como uma vitória para o povo palestiniano – diz esperar que “a votação conduza a um processo contra os líderes da ocupação”.
In PUBLICO, 17 de Outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
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